quarta-feira, 9 de outubro de 2013

49º Capitulo: "(...)sou babado pelo nosso filho e tenho muito orgulho nisso"

E foi à segunda noite de vida de Enrique que Ana e Ezequiel descobriram que o filho de ambos não é assim tão calmo. Enrique teve uma noite complicada e deu pouco descanso aos pais. Tinha cólicas, fome, não tinha sono...e decidiu que ninguém naquele quarto iria dormir. Ezequiel tentou acompanhar o filho nas suas necessidades e Ana tentava de tudo para as satisfazer. Queria ajudar o filho a ficar calma, queria que ele adormecesse para que o menino pudesse descansar e, também, para ela e o seu noivo descansarem um pouco também.
Só quando eram quatro e meia da manhã é que naquele quarto permaneceu o silêncio. Enrique tinha, finalmente, adormecido à já meia hora, junto da mãe. Adormeceu porque o pai lhe fazia festas na barriga e a mãe na cabeça. Ezequiel acabara por adormecer junto da cama de Ana, sentado no cadeirão, mas nem por isso Ana o acordou.
O sossego de Enrique durou até às sete da manhã. Acordou porque tinha fome e tinha de acordar a mãe para comer. O pai...esse continuava a dormir nem o choro, de curta duração, de Enrique o fez acordar.
- Porque é que não sais-te ao dorminhoco do teu papá? - perguntou Ana a Enrique, beijando-lhe a testa.
Ana passou a amar ficar simplesmente a contemplar o filho. Sentia uma felicidade que nem ela sabia que existia, ela não a sabe explicar. Sente-se uma pessoa realizada por ter trazido ao mundo o pequeno ser que simboliza aquele amor...o amor de duas pessoas que se apaixonaram no primeiro instante que se viram. O amor das duas pessoas que passaram um ano sem se ver, um ano sem se tocarem, mas que hoje são mais unidos do que algum dia o pensaram ser.
Depois de alimentado, Enrique voltou a adormecer. Desta vez no berço que, dentro de horas, deixará de ser o seu. Na tarde do dia de hoje, em principio, mãe e bebé deixam o hospital.
Ezequiel dormia recostado no cadeirão. Era mais confortável que uma cadeira mas menos que a sua cama. Ana foi ter com ele beijando a bochecha do seu noivo que, assim, acordaria. Antes que pudesse falar algo, Ana sentou-se no seu colo ficando com a cabeça encostada no peito de Ezequiel.
- Onde é que o miúdo foi a aprender a chorar até às quatro e meia da manhã? - inquiriu Ezequiel, massajando as costas de Ana.
- Não faço ideia...mas podia ter aprendido a ser dorminhoco contigo. 
- Mas ele agora está a dormir. 
- Porque já acordou para mamar. 
- A sério?
- Sim. Às 7 em ponto. 
- Não ouvi. 
- Estás cansado é normal.
- Não é normal não. Tu também estás exausta e ainda a recuperar e mesmo assim acordaste. 
- Oh...mas tu foste treinar ontem.
- Mesmo assim. Eu tenho de te ajudar - Ana, que permanecia encostada no peito do seu noivo, olhou-o.
- Mas tu ajudas-te imenso à noite. Ele adormeceu quando começamos a fazer-lhe festinhas. E dar de mamar não é uma cena que os homens consigam fazer. 
- Oh... - Ezequiel puxou a sua noiva para junto dele, beijando-a. Ana precisava de estar assim com Ezequiel, fazia-a esquecer a pressão de ser boa mãe, de estar só dedicada a aprender tudo para não falhar enquanto mãe. Fazia-a lembrar-se de que tem a sua relação com Ezequiel e que ele lhe desperta as suas necessidades enquanto namorada e mulher - ele hoje tem de ir tomar as vacinas, não é? - relembrou Ezequiel.
- Sim. A enfermeira vem buscá-lo às nove horas. 
- E ela já te disse a que horas tens alta, mais ou menos?
- Deve ser lá para o fim da tarde.
- Hoje já dormimos na nossa caminha - Ezequiel sorriu, roçando com o seu nariz no de Ana, que lhe sorriu também.
- Dormimos se o nosso bebé deixar. 
- Ele é tão lindo. É o bebé mais lindo que alguma vez vi. 
-Ai, ai...tanta baba - Ana deliciava-se com as palavras de Ezequiel. Sabia que eram verdadeiras porque ela própria sentia o mesmo pelo bebé deles.
- Sim, sou babado pelo nosso filho e tenho muito orgulho nisso - Ana levou as suas mãos até à cara de Ezequiel, beijando-o.
- Sou cada vez mais feliz ao teu lado Ezequiel. 
- Ainda andas com as hormonas todas baralhadas. 
- Não sejas parvo. Ando, mas sei o que digo!
- Sabes?
- Sei sim! Sei que me fazes mais feliz do que nunca. Sei que o nosso primeiro encontro na casa do Sergio não foi à toa. Tu foste para Madrid no mesmo dia que eu...tínhamos mesmo que nos conhecer. 
- É...mas eu ainda me lembro daquele teu: "esse teu espanhol irrita-me profundamente!" - Ezequiel tentava imitar a voz de Ana...coisa que foi impossível e só gerou gargalhadas entre os dois.
- E irritava! O espanhol só porque sabes bem que tinha assim uns problemas com o meu pai. Mas...lá no fundo eu só queria conhecer-te melhor. 
- É, mas mesmo assim ainda demorou um bocadinho até ficarmos juntos, juntinhos...
- Um ano. 
- Um ano em que eu vivi a enganar uma pessoa e a enganar-me a mim próprio. 
- Porque é que hoje nos está a dar para ir à dois anos atrás? 
- E já passaram dois anos desde o nosso primeiro encontro. 
- Tecnicamente é só em Agosto deste ano, mas sim...dois anos. 
- Temos de celebrar...
- É, já agora também celebramos a primeira vez que eu te vi a lavar os dentes na casa de banho. 
- Olha, era uma bela ideia. Ou então a primeira vez que eu te vi a pintar as unhas - estavam os dois a rir imenso até que se voltaram a beijar. Tinham acordado com aquela necessidade de estarem os dois a beijar-se. Mas...para se habituarem à nova rotina de família, o pequeno Enrique chorou - eu vou lá - avisou Ezequiel.
Ana saiu do colo de Ezequiel, que se levantou indo na direcção do filho. Falou para ele, derretendo por completo. Ezequiel sentia-se feliz por ser pai. Por ter o seu filho, o filho que o unirá para sempre a Ana, a mulher da sua vida. Ezequiel pegou no filho ao colo embalando-o.
- Tenho a sensação que ele sabe que vai levar as vacinas e não quer ir. 
- Se for como a mãe que para tirar sangue é preciso sei lá o que...
- Ei...até parece. Na noite em que ele nasceu não foi assim. 
- Estavas anestesiada da cintura para baixo e tão cansada que nem deves ter sentido nada - Ana sabia que aquilo era verdade...e não se atrevia a dizer nada.

Mais tarde nessa manha Enrique foi levar as vacinas que o iriam proteger nos primeiros meses de vida. Segundo a enfermeira, tinha sido um valente menino que apenas mexeu as pernas quando sentiu a seringa entrar na sua pele. Ezequiel aproveitou para partilhar a notícia pelo twitter:

Portou-se que nem um menino grande na hora das vacina. Te amo mi hijo! 
Passaram o resto dia em família. Tanto os pais de Ezequiel, como os de Ana estiveram presentes até à hora de saírem do hospital. Ana tinha-se vestido, um fato treino para não se sentir apertada, e estava a preparar Enrique. 
- A Tamara e o Gonzalo pediram se podias vestir uma coisinha ao menino - falou Ezequiel e Ana só pensava no que é que os padrinhos do seu filho tinham pensado.
- O que? - Ezequiel foi até ao saco de Enrique e tirou de lá um body que Tamara e Gonzalo lhe tinham dado no dia anterior. Ambos já tinham ido para Madrid, assim como Sergio. 
- Toma.
- Que máximo - todos na sala se riram, mas Ana achava que aquilo era fofo e perfeito para o seu bebé. Porque, para ela, aquela é a realidade.

Porque agora, somos três em forma de uma família linda
E assim Ana partilhava no Twitter a sua saída do hospital. 
Chegados a casa, o ambiente tornava-se muito mais acolhedor. Eram as coisas deles, a casa deles, tinham o quarto de Enrique que não o iria utilizar por ficar a dormir no quarto dos pais, mas já o tinha feito. 


Era um momento perfeito. Estavam em família em plena felicidade. Será que esta felicidade será a mesma daqui a meia hora? 

3 comentários:

  1. Olá :)
    Arrrr odeio-te, odeio-te tanto!
    --------------------------------------------
    Oh o capitulo tá lindão , os papás lindos , todos babados e tal :)
    O menino é tão fofo.
    E a forma como descreves-te estes momentos tá mesmo perfeitinho
    Estão tão felizes, como novos pais, pais babados *-*
    Agora a parte pior , Eu odeio-te arrrr , e tu sabes porque
    Bem, agora espero pelo 50 , um 50 que eu sei que vou gostar mas ao mesmo tempo ai ai!
    Agora , dar aos dedinhos porque quero um 50 lindão :)
    Não vale acabar um capitulo assim
    Beiijinho, **Rita

    PS - Eu não te odeio <3 tu sabes

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  2. Olá Olá!
    Podias ter dito que isto era mesmo mesmo para uma pessoa se babar toda a ler!
    E pronto babei-me mesmo: babei com tudo o que descreves-te deles a tentarem adormecer o Enrique, com a conversa deles, com foto para o twitter alias as duas porque a outra da roupa ta muito fofinha e com regresso a casa!!
    A única coisa pior foi o Enrique não adormecer e cansar os papás mas é normal e eles conseguiram adormece-los!!
    Agora depois deste já estou com medo do próximo! "Será que a felicidade será a mesma daqui a meia hora?" O que? Tas gozar certo? Tu ve o que fazes a seguir! A felicidade tem de ser a mesma ou maior! Ai que medo do próximo. Ainda bem que sai amanha!
    Próxxiimmooo!!
    Besos,

    Sofia.

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  3. Olá...amei este capitulo :)
    Tenho q dizer q a criança é uma malandra...n deixa ospais dormir aí aí :p
    Nunca vi pais tão babados...até tive medo q a baba inunda-se o meu pc...mas n inundou :p
    Vou já comentar o capitulo 50 *.* bj

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