quinta-feira, 16 de maio de 2013

40º Capitulo: "Tu pensas Ezequiel?"

O Ezequiel entrou no quarto, pouco tempo depois de o médico e as enfermeiras dele saírem. Ele olhava-me e eu olhava para ele...
- Desculpa - pedi - desculpa. Eu não o devia ter feito em tua casa. A tua filha não tinha nada de assistir a uma coisa assim. 
- Ela não viu nada. E... - o Ezequiel chegou perto da cama - tu não o deves fazer em lado nenhum. 
- Eu sou fraca.
- Mas...podemos tentar que sejas uma pessoa forte?
- Nunca tive ninguém a meu lado que me quissese ajudar...
- Até hoje - ele interrompeu-me - Patrícia, enquanto puder e conseguir eu ajudar-te-ei a seres uma mulher confiante, forte e sem esses pensamentos. Talvez não seja a pessoa indicada para o fazer, talvez o melhor fosse ires a um psicólogo que te ajude a serio. 

(Ezequiel)
Ela chorava desde o momento em que tinha começado a falar. 
- Eu não sei se consigo falar disto com mais alguém para além de ti...
- Então eu ajudo. 
- Mas não...mais pressão para ti não. 
- Se eu não o fizer...pode acontecer-te algo ainda pior...
- Eu só quero morrer! - ela explodiu. Foi o mais sincera que conseguiu e disse o que mais queria neste momento. Desatou num choro compulsivo, que me assustou. Sentei-me na cama, ao lado dela, e puxei-a para mim. Abracei-a e ela chorou como uma menina desprotegida que acaba de receber alguém que a pode ajudar – eu quero morrer para não ter de passar por tudo outra vez. Eu sou fraca...e não sei quanto tempo mais irei aguentar.
- Estás a falar do que?
- Eu não estou a saber lidar com isto outra vez. 
- Com o que? Fala comigo...
- Eu ouvi parte do que disseste. 
- Como assim? 
- Estavas a falar para mim e eu acordei e ouvi a parte do fim... - ela encostou-se à cama e olhou-me - eu...eu estou a sentir por ti aquilo que senti por outra pessoa depois do Alonzo morrer. As conversas que temos, as perguntas que a Ana faz...fazem-me ter a certeza que...está a crescer um sentimento diferente mas que eu não sei lidar com ele. 
- Nenhum de nós está a saber lidar com ele. Mas foi por isso que...
- Foi. Só me veio à cabeça o Alonzo, os tempo que estivemos juntos...mas ao mesmo tempo vieste-me tu à cabeça e o que se anda a passar entre nós...eu não estou preparada para nada...mas nos meus sentimentos parece que não sou eu que mando. 
- Eu vou ajudar-te, é o mínimo que posso fazer por uma pessoa como tu. Vou estar para ti sempre que precisares de falar com alguém. 
- Nunca ninguém fez algo por mim assim...
- É por eu ter essa certeza que te quero ajudar. Quando eu mais precisei tive alguém do meu lado, e eu quero estar ao teu lado...se tu também quiseres.
- É claro que quero - ela tomou a iniciativa e abraçou-me. Aconcheguei-a nos meus braços. Ela precisa de carinho, de conforto e de protecção. Precisa de momentos felizes que possam tornar os menos felizes em memórias de algo ou alguém importante - obrigada.
- Neste momento só quero que me faças uma coisa - olhei-a e reparei que o choro tinha terminado. 
- Diz. 
- Promete-me que quando te quiseres cortar outra vez vens ter comigo. 
- Como assim?
- No instante que te der essa vontade não fujas...não tentes. Vem para junto de mim e tentamos travar isso juntos. Prometes-me?
- Prometo que vou tentar. 
- Vou deixar-te descansar...e vou também ter com a Ana. 
- Vai...ela...está bem? Ela apercebeu-se de alguma coisa...
- Não. Eu levei-a para casa da vizinha da frente. Disse que estavas doente e que tinhas de vir para o hospital. 
- Desculpa...eu devia ter-me controlado melhor. 
- O importante é que estás...aqui - levantei-me e vesti o meu casaco - tenta dormir. És capaz de não ter sono, mas descansa. Amanhã estou cá. 
- Eu não sei como é que um dia te vou conseguir agradecer...
- Estando viva - ela olhou-me...de certa forma aliviada. Dei-lhe um beijo na testa e sai do hospital em direcção a casa para ir ter com a minha piolha. 

(Ana) 
Sinto-me bem...por ter falado com o Ezequiel. Sem dúvida nenhuma que ele é uma pessoa especial e que me faz sentir...especial como à 3 anos não me sinto. 
Dormir foi algo que só pela manhã consegui fazer, mas chorar também não chorei.

Na manhã seguinte:
Não me sentia...tão mal como no dia anterior. Estava mais dorida fisicamente é certo, mas tinha a certeza que...tinha alguém a apoiar-me e só ansiava a chegada dele. 
Eram cerca das 11:30h quando ele entrou no quarto do hospital. Vinha com dois sacos de desporto numa mão e uma outra mochila noutra. 
- Bom dia - disse ele animado...o que me animou.
- Bom dia - ele pousou os sacos de desporto no chão e a mochila na cadeira, abrindo-a e retirando de lá um peluche. 


- A Ana mandou o Teddy para ti. Disse que era para não teres medo de ficar sozinha no hospital. E mandou cinco beijinhos - ele entregou-me o urso com que a menina andava sempre e deu-me cinco beijos na bochecha - estes são pela Ana - voltou a dar-me outro beijo na bochecha, mais demorado e repenicado - este é meu. 
- Vocês são iguais. 
- Só tento que a minha filha seja querida e fofinha como o pai. 
- Convencido. 
- Realista ou não?
- Sim...
- Como é que te sente? - ele sentou-se na cama, ao fundo dos meus pés.
- Estou com algumas dores...mas podia estar pior. 
- Eles já te deram alguma coisa para as dores?
- Já...mas ainda agora começaram...
- Eu ontem estive a pensar...
- Tu pensas Ezequiel? 
- Porque é que eu digo isto e me fazem sempre o mesmo tipo de comentário? 
- É só uma maneira de te picar. 
- Ao menos isso...que não seja nenhum insulto à minha pessoa. 
- Fica descansado. 
- Bem...mas estive a pensar...para tentarmos ultrapassar algumas coisas - ele estava com cara de assunto sério - podemos escrever uma carta ao Alonzo e à Ana. Cada um escreve a sua e dá ao outro para ler. Eu já fiz isso com o psicólogo, mas talvez seja bom fazer contigo. 
Poderia...ser um reviver de emoções passadas que me iriam custar a escrever, mas podia...ajudar, certamente.
- Tens papel e caneta? - perguntei.
- Tenho...mas queres fazer já? Podemos esperar mais uns dias até recuperares...
- Tenho a certeza que quero fazê lo agora - ele foi até à mochila e retirou de lá dois cadernos e duas canetas. Entregou-me um dos cadernos e uma das canetas e sentou-se numa poltrona um pouco distante de mim. Precisávamos de espaço.
Custava imenso segurar na caneta, mas custava menos à medida que ia escrevendo.

Algum tempo depois: 
- Terminei. 
- Terminei - dissemos os dois ao mesmo tempo. Estava à demasiado tempo a escrever. Já tínhamos almoçado e tudo.
O Ezequiel veio para junto de mim e sentou-se na cadeira a meu lado.
- Como é que queres fazer? Leio primeiro a tua ou lés a minha? - perguntou-me.
- Como quiseres...
- Podes ler a minha primeiro - ele entregou-me o caderno. A letra dele era bonita, bastante trabalhada, mas fácil de entender.
«Minha metade, minha força, minha Ana, 
Esta é a segunda carta que te escrevo, é a segunda porque tivemos a nossa primeira...a da nossa despedida. Quando partiste, uma parte de mim desejou ir atrás de ti...mas a outra parte agarrou-se à nossa pequena e preciosa jóia rara. Esta cada dia mais atrevida e respondona como a mãe, mas também cada vez mais esperta. É, sem dúvida, tua filha. 
A tua falta todos os dias é horrível  Falta-me o teu cheiro, falta-me o teu sabor, o teu sorriso, os teus olhos quando me olhavam...os nossos sorrisos. Todos os nossos momentos que ninguém esteve presente para assistir a eles, mas que nos marcaram. 
Estou a escrever-te esta carta para, de alguma maneira, tentar ajudar-me e ajudar uma pessoa. Foste, és e serás o meu grande amor, a minha melhor amiga, mas...quero que saibas que conheci uma pessoa. Ela chama-se Patrícia...e temos um passado algo para o complicado. 
Ela tem-se dado maravilhosamente bem com a Ana, e a Ana com ela. Falaram já de ti e de como é que a nossa filha te tem presente no dia a dia dela. Como ela me disse, um filho não passa nove meses na barriga da mãe à toa. Vocês têm uma ligação demasiado forte.
A Patrícia é uma pessoa maravilhosa. É frágil, é insegura, tem imensas dificuldades em lidar com o passado dela e não está a saber lidar com o presente que está a ter.
Eu vou contar-te: a Patrícia é irmã adoptiva do Enzo e ela sofreu o mesmo que eu à três anos atrás. Ela perdeu uma pessoa para ela como tu és para mim. Temos andado a falar...mas estamos ambos a sentir que algo maior e com dimensões que nenhum está a saber lidar. Eu quero ajudá-la, como me ajudaram a mim depois de te perder. Quero que ela veja em mim um porto seguro onde pode vir sempre atracar...
Mas, ao mesmo tempo, há o passado. Existes tu e existe o Alonzo para a Patrícia. Nenhum de nós está pronto para vos deixar...como é que eu te posso deixar se todos os dias ainda choro pela tua ausência...chorava...porque há duas noites que não o faço...há duas noites que me deito e penso nela...penso na Patrícia, no olhar dela, no sorriso que tem nos lábios quando está ao pé da nossa menina...mas sinto que te estou a trair e acabo por não querer estar a pensar nisto, quando é exactamente o que quero fazer. 
Esta carta, quem a vai ler para além de ti, é a Patrícia. Ela estará a le-la a qualquer momento...e quero que vocês as duas saibam que...se complementam. Desde que ela entrou nas nossas vidas, que sinto uma presença estranha, sinto que estás perto, que nos estas, de certa forma a empurrar um para o outro. Queria, por momentos, ter a certeza que és mesmo tu que o estás a fazer e que é a tua forma de me perdoares. De me perdoares por estar a gostar com sinceridade de uma pessoa, por estar a sentir por ela o que ainda não tinha sentido por nenhuma mulher depois de ti. 
Quero pedir-te desculpa por ceder, eu prometi-te que ia ser só eu e a nossa filha...mas...se a Patrícia está a entrar na minha vida de uma maneira completamente louca e arrepiante eu quero aproveitá-la, quero curá-la para me curar a mim, quero amá-la para me amar a mim, quero te-la para me lembrar de ti como a mulher que sempre amei e sempre amarei, mas que partiu cedo demais da minha vida, e que me deu uma outra mulher que não a irá substituir, porque ninguém te vai substituir, para que o amor volte a estar presente em todo o meu dia e em toda a minha noite. 
Desculpa por ser fraco, por me tentar apaixonar.
A única coisa que quero é que me entendas, que me compreendas e que me apoies...quero que me dês o teu apoio e o teu sim ao que eu e a Patrícia poderemos ter. 

Um beijo de quem te ama e amará sempre, um beijo de quem nunca te esquece e que nunca esquecerá. 
Te quiero mucho mi reina.

O teu eterno, Ezequiel.»

Tanto eu como o Ezequiel chorávamos. Era uma carta...tinha tantos sentimentos em torno dela e eu identificava-me com todos eles. 
- Agora é a minha vez - o Ezequiel limpou as lágrimas que lhe escorriam pelos olhos e pegou no caderno onde tinha escrito a minha carta ao Alonzo. 

«Querido Alonzo,
Nem sei como, mas estou a escrever algo...direccionado a ti.
Os nossos anos de namoro foram os melhores da minha vida, todos os dias que passámos juntos foram magníficos, foram simplesmente perfeitos. 
Estar contigo fazia-me sentir uma princesa, tudo à minha volta parecia não existir e só nós é que importava. Hoje, sinto falta desses dias, sinto falta do teu abraço, dos teus beijinhos, dos teus carinhos e até das vezes em que me repreendias quando não estava tão bem arranjada :) 
Estiveste quase a pedir-me em casamento...no meu dia de anos. Mas não o fizeste porque o Enzo apareceu e não te deixou terminar o que ias fazer...e foi tudo no dia antes de morreres. 
Porque é que não me disseste que estavas doente? Que tinhas uma doença terminal e que podias morrer a qualquer minuto? Tu eras importante para mim, e eu para ti. Estivemos tanto tempo juntos e eu nunca desconfiei de nada. Nunca! Fui cega...o amor cegou-me. O problema é que tu aparentavas estar bem...mas o facto de a tua mãe me ter dito que já sabiam do teu estado de saúde à dois meses...eu nunca me chateie contigo por isso, só queria que mo tivesses contado. 
Dois anos depois de morreres envolvi-me com aquele nojento ..foram os piores meses da minha vida. As vezes que ele me violou, que me maltratava verbalmente e...as duas vezes que me bateu. 
Quando engravidei dele...pensei que podessemos ter algo mesmo sério...até aos meus seis meses de gravidez. Já reparaste na ironia do destino? Querer tanto ser mãe e depois ser uma fraca e inútil que nem um filho consigo ter? Hoje, se aquele bebé tivesse nascido, como é que eu estaria? Eu era mãe, tinha um ser à minha responsabilidade e tinha a certeza que me iria amar e que eu o iria amar para todo o sempre...
Mas não...esse bebé nunca veio ao mundo, e nenhum outro poderá vir por eu ser demasiado frágil. Se eu um dia engravidar serão dois milagres: voltaria a amar alguém e conseguia carregar um fruto desse amor no meu ventre. 
Sempre pensei que fosse contigo que iria ter o meu primeiro filho, mas parece que não...partiste cedo demais Alonzo. 
Estou aqui a escrever-te esta carta...porque tenho um anjo d'aguarda que, felizmente, não me deixou ir ter contigo. O Ezequiel. 
Vocês são tão idênticos...ele sabe dar mimo, sabe dizer as palavras certas no momento certo, sabe o que eu sinto...é pai de uma menina linda e que é a animação daquela casa. 
Estou a escrever-te esta carta porque ele deu a ideia...temos andado os dois próximos e, se estou neste momento no hospital, é porque fui fraca ao não saber lidar com os sentimentos que andam à nossa volta. O Ezequiel é uma pessoa...maravilhosa. Ele faz-me sentir bem quando falo com ele, faz-me sentir coisas que nunca pensei que pudessem ainda existir dentro de mim...eu não sei se é o amor adormecido...mas é algo que me faz querer estar junto a ele, falar com ele...como o fazia contigo. 
O Ezequiel nunca te irá substituir porque és a pessoa mais importante que tenho...mas...eu quero tentar ser uma pessoa diferente, quero desprender-me um pouco do passado e viver o presente. Quero voltar a ter alguém a meu lado que me faça sentir viva e sem vontade de morrer. 
Desculpa se de alguma maneira te desiludi nas vezes que me tentei matar...não era minha intenção. Apenas queria saber se morrendo, iria estar contigo outra vez. 
Peço-te...se estiveres realmente a ler o que escrevo, que me digas algo...eu falo com a minha mãe...contigo nunca o fiz...mas, eu acredito que o céu existe...fala com a minha mamã e dá-me a resposta que eu preciso. 
Eu quero ser feliz, eu preciso de o ser, mas também preciso de saber que me perdoes e que me digas que sim, que posso seguir com a minha vida em frente. Ouvir da minha mamã algo que me indique que é ao Ezequiel que me devo prender seria a melhor coisa que poderia acontecer. 
Eu quero amá-lo, muito, quero puder voltar a sentir-me bem e feliz com um homem a meu lado. Ele é um homem perfeito, maravilhoso, é lindo, entende-me e sabe falar comigo como ninguém sabe. Sabe, ainda que inconscientemente, mexer com o meu interior, com os meus desejos de mulher, que estão presos a ti. 
Nunca quis desprender-me de ti, por te amar, por saber que um dia te ia encontrar, mas hoje, neste momento, quer que sejas o meu passado feliz que pode contribuir para que o meu presente seja ele também feliz com uma pessoa que me pode tornar a voltar a acreditar no amor, apesar de todas as nossas vidas no passado. 

Alonzo, eu preciso do teu perdão, do teu sim para seguir com a minha vida. Preciso de saber isso, de ter a certeza que o que vou fazer é o mais correcto. O Ezequiel vai estar a ler a carta...em voz alta à minha frente e sabes perfeitamente que não me dou muito bem com estas situações constrangedoras mas eu estou a ser sincera, devo-vos isso. Eu quero amar o Ezequiel. Quero conseguir algo bom e feliz com ele e com a filha maravilhosa que ele tem com a mulher maravilhosa que foi a mãe dela. 

Fico à espera. 
Te amo mi feo. 

Sempre tua, Patrícia.»

Era duro reviver tudo o que estava escrito na carta...era o meu passado misturado com o presente complicado que está a ser. Estávamos os dois emocionados, demasiado emocionados. Mas, pelo menos eu, estava aliviada...senti que me saíram toneladas de cima dos ombros
Tudo o que estava escrito era verdade. Eu tenho uma necessidade de amar como nunca tive, sinto uma vontade enorme de o ter para mim como nunca tive com ninguém, mas tenho a perfeita noção que é preciso muito trabalho de ajuda para que consiga desprender-me do passado. 

5 comentários:

  1. Adorreeiii!!
    Ainda bem que a Patrícia aceitou a ajuda do Ezequiel. Tão querida a Ana ter mandado o peluche para a Patrícia.
    Adorei a ideia de escreverem uma carta à Ana e ao Alonzo que até conseguiste que eu chorasse com tanto sentimento transmitido naquelas palavras escritas pelos dois. Fiquei curiosa para saber o que vai acontecer depois disto.
    Próóxximmoo Ráápidoo!!

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  2. Adorei quero o proximo.bjs

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  3. amei!
    ainda bem q a patrícia está a recuperar. amei o peluche fofo!
    as cartas transmitiram tudo o q eles sentem
    próximo rápido sff
    bj

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  4. ADOREI!!!!
    MAIIIIIIIIIIIIIIIIS rápido por favor!
    Bjokinhas

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  5. Olá.
    Como já sabes, nesta fic nunca sei bem o que comentar.
    Até porque os meus sentimentos em relação a ela são um pouco antagónicos.
    Mas vou dizer algo talvez um pouco...inesperado:
    Tenho saudades do Sérgio e da ex-noiva do Ezequiel que não me lembro o nome.
    Isto é normal, ou é mesmo do sono??

    Beijinhos
    Daniela^^

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