quarta-feira, 17 de outubro de 2012

4º Capitulo: "Eu não me importo de andar... contigo."

Mesmo sem abrir os olhos percebi que tinha deixado o estore aberto e tinha uma dor de cabeça gigante. Abri lentamente os olhos e espreguicei-me na cama. Tinha adormecido sem retirar a roupa com que tinha ido sair. Levantei-me, fui até à casa de banho e tomei um duche. Despachei-me a vestir, pois iria tomar o pequeno almoço e ia passear.
Peguei na minha mala e fui até à cozinha onde estava a minha tia.
- Buenos dias cariño - cumprimentou-me ela.
- Buenos dias titi - dei-lhe dois beijinhos e sentei-me com ela à mesa - o Sr. Sergio ainda está com a Mariza?
- Eles estão a acabar de se arranjar e já descem com o Garay.
- Com quem?
- O Ezequiel.
- É Garay?
- Sim. Ezequiel Garay.
- Não sabia.
Aguardamos a chegada dos três para começarmos a tomar o pequeno-almoço.
Quando eles chegaram começamos todos a comer.
- Estás bem Ana? - perguntou o Ezequiel.
- Porque não haveria de estar?
- Ontem estavas um pouco fora de ti.
- Nada a que não esteja habituada e que não me dê uma simples dor de cabeça.
- Estás mesmo bem?
- Sim. Tanta preocupação porque?
- Nada de especial.
- Tu é que sabes.
Acabamos de tomar o pequeno-almoço, ajudamos a minha tia a levantar a mesa e quando já estava tudo arrumado, preparei-me para sair.
- Titi, importa-se que vá dar uma voltinha?
- Claro que não. Vai lá.
- Quer vir comigo?
- Não, não. Tenho umas coisas para fazer por aqui.
- Tudo bem. Eu volto antes da hora de almoço para a ajudar.
- Está bem.
Saí da cozinha, passei pela sala onde estavam a Mariza, o Sergio e o Ezequiel.
- Ana?? - chamou-me o Sergio.
- Diz.
- Vais sair?
- Sim porque?
- Podias levar o Garay a conhecer os arredores.
- Se ele não se importar de andar.
- Não - ele levantou-se do sofá e veio ter comigo - eu não me importo de andar... contigo.
- Começas a mandar bocas ficas no sitio.
- Vão com calma e não se matem um ao outro - advertiu o meu primo.
- Nem façam bebés - acrescentou a Mariza.
Saímos os dois de casa e começamos a caminhar.
- Lembras-te de alguma coisa de ontem à noite? - perguntou ele.
- De tudo! Não penses que inventas alguma coisa que não fizemos porque eu lembro-me de tudo.
- Se inventasse alguma coisa iria querer que fosse realidade.
- Tu não te ponhas com ideias, sim? Tu e eu nunca vai dar em nada! És muito espanhol para mim.
- Eu não sou espanhol.
- Então falas assim porque és chinês?
- Eu sou argentino - boa... não era de Espanha e tinha que me lembrar dela porque? PORQUE?!
- Mesmo sendo argentino... falas espanhol. Tomas um café? - estavamos à porta de uma cafeteria.
- Sim, sim - entramos e escolhemos uma mesa para nos sentarmos - qual é o teu problema com espanhóis? Já ontem me disseste "o teu espanhol irrita-me profundamente".
- Não me dou bem com eles.
- Então?! Mas dás-te bem com o teu primo, a tua tia e com a Mariza.
- Eles são diferentes.
- Menciona um espanhol... só um, que tenhas algo contra.
- O meu pai - ele ficou a olhar para mim super atrapalhado - escusas de ficar assim. Eu e o meu pai somos como a água e o azeite.
- Desculpa. Não queria tocar nesse assunto.
- Não tem problema Ezequiel.
- Podes tratar-me por Garay. É o que me costumam chamar mais.
- Ezequiel é mais charmoso - deixei o dinheiro dos dois cafés na mesa, levantei-me e sai do café. O Ezequiel fez o mesmo e quando estavamos lá fora falou:
- Achas o meu nome charmoso?
- É só mesmo isso, fica descansado! - MENTIRA!!
- Tu és danada!
- Sou eu, não me faço passar por outra pessoa só porque te conheci ontem.
- E é assim que tem de ser. E és boa a avaliar pessoas.
- Avaliar?
- Ontem chamaste-me engatatão... eu era.
- Eras?! Continuas a ser um engatatão de primeira.
- Não, já não sou. Retiraste-me essa caracteristica ontem à noite.
- Eu?!
- Sim. A minha técnica não funcionou contigo.
- Querias que funcionasse?
- Agora que só achas charme ao meu nome talvez não quisesse.
- Tenta aperfeiçoar a técnica do engate... pode ser que funcione com outras.
- Eu queria mesmo conquistar-te a ti - ele parou à minha frente, o que me fez parar.
- Neste momento não quero nada de curtes de uma noite - passei por ele e continuei a caminhar.
O Ezequiel acompanhou-me mas ficamos sempre calados até que voltamos para casa. Entramos e eu fui até ao meu quarto.
Eu não podia estar a gostar dele... não de uma pessoa que daqui a um mês continua em Espanha e eu volto para Portugal. Não de uma pessoa que está sempre atrás de um rabo de saias e que nunca me conseguiria transmitir a ideia de que o teria só para mim.

3 comentários:

  1. adorei *-* acho imensa piada à relaçao deles os dois x)
    estou ansiosa para ler o proximo capitulo, continua (:
    se quiseres ler a minha nova fic:
    anewlife1d.blogspot.com
    Beijinhos*

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  2. fabuloso... soo hj é k comecei a ler a tua fic e adorei...

    quero mais... tou super curiosa para ver o proximo...

    continua...

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