sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

12º Capitulo: Noite de Reis

Toquei à campainha e não demorou muito para que a porta do palácio do meu rei fosse aberta.
O Ezequiel estava do outro lado da porta e puxou-me para ele, agarrando-me pela cintura para de seguida fechar a porta e nos beijarmos completamente desesperados. Cada pedacinho dos seus lábios... relembrava os tempo em que o beijava todos os dias. Nada era diferente. Fomos caminhando por não sei onde, mas acabamos por ir até ao sofá. O Ezequiel sentou-se e eu coloquei-me em cima dele. 
As nossas horas seguintes foram muito "piores" que todas as noites em que estivemos juntos. Por mais beijos, caricias e muito, mas mesmo muito sexo de desespero, o desejo por mais era imperativo. Devemos ter tido a sorte de o Ezequiel não ter vizinhos... quando me referia a palácio... é mesmo um. 
Acabamos por encontrar o sitio onde deveríamos permanecer o resto da noite: o quarto. Os nossos corpos não queriam que parássemos... mas acabamos por ceder e adormecer, mesmo que nos braços um do outro. 

(Ezequiel)

Na manhã seguinte: 
Estava a dormir tão bem, quando mi corazón começou a passar com um dos seus dedos na minha barriga. Confesso que me deixou completamente alucinado a noite passada... estava com ela. Era como se voltasse a ser eu e nada mais fosse importante. O meu mundo, a partir desde momento, gira em torno da Ana. Ela é sem dúvida um ser humano completamente especial e já não me imagino a viver sem ela. Se Deus quis que o dia de ontem existisse, quer que eu fique com a Ana para sempre. 
- Buenos dias - abri finalmente os olhos e aninhei-me mais a ela. 
- Buenos dias... - ela deu-me um beijo, ao qual correspondi sem qualquer problema, e que se prolongou durante alguns largos segundos. Acho que se não fosse mesmo a necessidade de respirar que tínhamos continuado. 
- Dormiu bem a minha princesa?
- Acho que nunca dormi tão bem. E tu mi hombre
- Como um bebé. 
- Um bebé um bocadinho já para o desenvolvido e com muita sabedoria...
- É... sabedoria é o que não falta por aqui. 
- Eish... que convencido que estamos. 
- Acho que posso ser um bocadinho, não? 
- Desde que não abuses... penso que não fará mal nenhum.
Iniciamos ali uma troca de beijos e carinhos que, por mim, tinham durado a manhã toda. 
- Vou ter de ir... tenho de ir abrir o salão. 
- Não podes dizer às tuas clientes que preferes ficar com o teu homem na cama em vez de ir trabalhar? 
- Preferir eu preferia... mas ainda não tenho ninguém comigo lá. Só para a semana... ainda temos uns minutinhos - a mão dela começou a descer pelo meu tronco até que chegou a sítios delicados - a menos que não querias aproveitar - ela levantou-se e foi até à casa de banho. 
Levantei-me de seguida e fui ter com ela. Entrei no chuveiro para junto dela e esquecemo-nos do tempo.

(Ana) 

Não queria mesmo nada sair de junto do Ezequiel e ao lembrar-me de cada segundo da noite passada era como um choque eléctrico pelo meu corpo acima.
A manhã não estava a ser, em nada, diferente da noite passada. Talvez fosse um pouco diferente com a água à mistura mas só tornava o meu homem mais caliente
Não me preocupei com as marcações e acabei por me despachar mesmo em cima da hora... sorte era que não tinha de fazer meia hora de caminho. 
- Eu vou - depois de mais não sei quantos beijos consegui sair de casa. 
Sai com um sorriso de orelha a orelha e assim fui para o meu salão. Quando lá cheguei tinha a minha mãe à porta. Estacionei o carro, sai dele e fui ter com ela.
- Madre... mãe - cada vez que estava com o Ezequiel, ele fazia a minha veia espanhola vir ao de cima, mas quando estava perto da minha mãe tinha medo que ela não gostasse que eu falasse com ela em espanhol. 
- Bom dia... podemos falar?
- Claro - abri o salão e deixei-a passar primeiro. Fomos ate ao escritório e sentamo-nos frente-a-frente. 
- Eu sei que tens idade suficiente para tomares as tuas próprias decisões... mas não achas que estás a cometer uma loucura? 
- Se tentar ser feliz com o homem que amo é uma loucura, eu acho que não...
- Ana... o que tu passaste por ele...
- Mãe - interrompia - o passado é passado, o que me interessa é o presente e se, tanto eu o amo a ele, como ele me ama a mim eu não vejo mal nenhum nisso. Sei que ele estava noivo, sei que me trocou por ela, mas ele explicou-me tudo. Eu confio nele. Eu amo-o mãe. E queria muito que tu o visses como o meu futuro, como a metade de mim que me faltou este tempo todo. 
- Filha, eu só não quero que sofras outra vez...
- Faz parte da vida sofrer, mas eu prometo que desta vez nada, nem ninguém nos separa, quer tu o aceites quer não, escusado será dizer que me fazia muito mais feliz se o aceitasses.
- Eu só o posso aceitar, se ele te fez vir com esse sorriso lindo na cara, quem sou eu para te estragar essa felicidade toda? 
- És a minha mãe, a pessoa mais importante na minha vida. 
- Daqui a uns tempos essa pessoa é outra. 
- Serás sempre a número um - fui até ela e sentei-me no seu colo enchendo-a de beijinhos - que me dizes de o conheceres? Apenas como um amigo, nada de coisas muito a serio. 
- Se ele concordar com a ideia... por mim é muito bom. 
- Deixa-me só confirmar uma coisa - fui até à minha agenda e não tinha nenhuma marcação a partir das 12h - tenho só duas clientes hoje. São agora da parte da manhã. Ao meio dia estou despachada. Vou a casa, tomo um duche e troco de roupa. 
- Então e não avisas o rapaz? 
- Ele vinha cá ter comigo... em principio. Mas basta lhe pedir que de certeza que vem. 
Fiquei a falar com a minha mãe. Falamos da noite passada, sem entrar nos pormenores mais extravagantes, e quando a minha primeira cliente apareceu ela foi até casa. 

12:00h
Depois de fechar o salão e de combinar com o Ezequiel o almoço para o apresentar à minha mãe como uma amiga fui até casa para trocar de roupa. 
Assim que cheguei, cumprimentei a minha mãe de novo e fui tomar um duche rápido porque o que tinha tomado em casa do Ezequiel não foi assim muito a serio. Despachei-me depressa e o drama da escolha da roupa começou.
- Mãe! - chamei-a. 
- Diz, filha. 
- Não sei o que vestir...
- Ana. Que é que te está a dar? Tens aí tanta roupa...
- Eu sei... mas quero, não sei, estar bonita... 
- Filha... tu és linda! Não estejas com essas coisas. Acho que o Ezequiel já viu muito bem quem tu és.
- Sim... mas ajuda-me. 
Depois de algumas discórdias e de a minha mãe se ter passado comigo lá me vesti.
Saímos as duas de casa e eu conduzi até ao restaurante que tinha combinado com o Ezequiel. 
Ficava perto do salão e da casa dele e mesmo junto à praia onde tínhamos estado no dia anterior. 
Estacionei o meu carro no parque e encaminhei-me de braço dado à minha mãe até ao interior do restaurante. Quando chegamos à porta estava lá o Ezequiel. Confesso que fiquei um pouco envergonhada. Era estranho e a vontade de o beijar não ajudou. Ele estava lindo, simples, mas lindo. Uns jeans e uma T-shirt branca... poderíamos ter combinado mas não.
- Buenas tardes - disse ele. 
Vi que a minha mãe sorriu quando ele falou. 
- Mãe é o Ezequiel; Ezequiel é a minha mãe, Rosa.
- Muito gosto - o Ezequiel cumprimentou a minha mãe com dois beijos. 
- O gosto é todo meu, Ezequiel - fiquei surpresa quando a minha mãe lhe falou em espanhol. Não estava mesmo nada à espera. 
- Entramos? - o Ezequiel abriu a porta do restaurante, a minha mãe entrou primeiro, de seguida passei eu - não tenho direito a um beijo? - falou ele ao meu ouvido. 
- Estamos num sitio publico e é um simples almoço entre amigos - acabamos por entrar os dois e fomos encaminhados para uma mesa.

4 comentários:

  1. Então??
    Acaba aqui??
    Quero mais!!!
    Adorei. lol
    Beijinhos

    ResponderEliminar
  2. Então e onde está o resto????

    Quero mais!!!

    Bjs

    ResponderEliminar
  3. E o resto?!
    Onde é que está o resto?!
    Preciso do resto!!!!!

    Bjokinhas
    Mariaa

    ResponderEliminar
  4. quero o resto do capitulo :D
    cada vez está mais emocionante

    ResponderEliminar