domingo, 9 de dezembro de 2012

13º Capitulo: Dois amores

Durante o almoço: 

Estávamos os três sentados à mesa, a minha mãe na "cabeceira" e eu e o Ezequiel frente a frente. 
- Vocês parecem irmãs - comentou o Ezequiel depois de estar alguns segundos a olhar para nós as duas. 
- É o que dá ter uma mamã toda janota. 
- Diz antes é o que dá ser descuidada. 
- Mãe... diz lá que não fui um belo descuido - apontei para mim e a minha mãe riu-se. O Ezequiel olhava-nos completamente sem entender nada - posso lhe contar? - perguntei à minha mãe. 
- À vontade!
- Eu nasci quando a minha mãe tinha 16 anos. Se o aborto fosse tão fácil como é hoje em dia podia muito bem não existir.
- A Rosa... teve o apoio da sua família? - vi que o Ezequiel se interessou pelo assunto.
- Foi complicado... mas quando a pirralha nasceu foi mais fácil.
- Foi por isso que o Roberto as deixou? - o à vontade com que ele fez a pergunta à minha mãe, fez com que ela não ficasse com a cara triste que colocava cada vez que falávamos no assunto. 
- O pai da Ana... ele ainda ficou dois anos connosco, mas como ele tinha a empresa dos pais e Madrid era a sua terra, ele decidiu que era melhor para ele sair de Portugal. Por isso, vê lá o que fazes com a minha menina! - a minha mãe fez um tom de voz ameaçador.
- Não se preocupe. Filhos para já não... penso que não. Mas mesmo que hajam, estarei sempre a lado deles.
- Acho muito bem! 
- Isso era preciso que eu quisesse filhos... - comentei. 
- Ana... - a minha mãe ia a começar a falar mas o Ezequiel interrompeu-a.
- Não queres ter filhos?
- Se ela pudesse tinha uma equipa de futebol.
- Mãe...
- Vais negar? 
- Não...
- E tu Ezequiel? Queres ter filhos? - perguntou-lhe a minha mãe.
- Se pudesse... - ele fez uma pausa e olhou para mim - tinha uma equipa de futebol. 
Ficamos os três em silêncio durante alguns segundos... o Ezequiel poderá muito bem ser o papá dos meus onze bebés.
- Vocês ainda são muito novos... quando tiverem um primeiro essas ideias mudam logo.
- Queres ser avó, mãe? - olhei-a fixamente... sempre queria ver se ela me dá a mesma resposta de sempre.
- Porque não? - surpreendeu-me a D. Rosa.

LEMBRANÇA:
«- E tu gostavas de ser avó? 
- Ana, lembras-te que eu nem mãe queria ser? Eu amo-te e aprendi muito a viver contigo, mas se me dás um neto antes de chegar aos 45 anos juro que te esgano.» 

- É por estares na presença do Ezequiel que respondes assim ou estás a transformar-te?
- Quem sabe... Mas se tu queres tanto ter filhos tenho de me habituar à ideia de ser avó. 
- E vai ser uma avó muito para a frente - atirou o Ezequiel. 
- Obrigada, meu querido. 
- Mãezinha... ele é querido, mas é meu. 
- Ana!! - vi as bochechas da minha mãe ficarem super vermelhas - és tão parva! 
- Mãe... é só uma piadinha - deitei-lhe a língua de fora e continuamos o nosso almoço.

Quando terminamos de almoçar fomos dar um passeio junto da praia. Apesar de ser verão, aquela praia estava quase deserta e eram poucas as pessoas que abordavam o Ezequiel... isso de se ser a nova aquisição do glorioso é uma coisa de outro mundo. 
Mesmo assim, aproximamo-nos mais um pouco e passeávamos de mão dada.
Eram quase horas de a minha mãe ir trabalhar por isso voltamos para o parque de estacionamento. 
- Foi um almoço e inicio de tarde muito agradável. Foi muito bom conhecer-te Ezequiel. 
- Igualmente, D. Rosa. 
- Rapaz... já tinhas deixado do usar o Dona. 
- Tem razão - a minha mãe deu-lhe dois beijinhos e ficou a olhar para mim.
- Levas o carro? - devo ter feito o beicinho mais desajeitado que ela se riu. 
- Seria uma má mãe se te obrigasse a ires-me levar ao trabalho. Dá-me as chaves - abri a minha mala, retirei de lá as chaves do carro e entreguei-as à minha mãe. 
- Obrigada mamã - sussurrei-lhe ao dar-lhe dois beijinhos. 
- Fiquem bem e juízo! Eu não quero ser avó nos próximos 9 meses. 
- Mãe! - ela deitou-me a língua de fora e entrou no carro. O Ezequiel desmanchou-se a rir. - Onde é que está a piada? 
- Na tua mãe - ele riu-se mais um bocado, mas acabou por se focar em mim. Olhava-me fixamente.
- Tenho alguma coisa na cara? 
- Tens... os teus lábios que ainda não cumprimentaram os meus.
- Grande mentiroso! Ainda hoje de manha... - não me deixou terminar o meu raciocínio e beijou-me. Por acaso, mas mesmo só por acaso, já tinha algumas saudades.
- Vamos até minha casa?
- Para casa?? Está um dia tão lindo...
- Mas no jardim da minha casa temos a privacidade que não temos aqui.
- E tu queres privacidade para que? Ouviste a minha mãe... ela não quer ser avó nos próximos 9 meses. 
- E tu? Queres ser mãe?
- Não nos próximos 9 meses. Que raio de conversa é essa? 
- Era só para verificar que estávamos de acordo - ele beijou-me outra vez - mas vamos? 
- Já podíamos estar a caminho...
- Que não seja por isso - o Ezequiel levou-me até ao carro dele, abriu-me a porta do lado do pendura, eu entrei e enquanto fechava a porta ele entrou para o lado dele. Ele conduziu até à sua casa.
Assim que lá chegamos fomos até ao jardim da casa do Ezequiel. A casa dele não podia ser mais perfeita e a cara dele. Era um jardim cheio de relva, algumas flores, uma piscina e espreguiçadeiras.
- Lembraste de quando estivemos pela primeira vez os dois numa piscina? - perguntou-me.
- Se me lembro...
- Vamos a um mergulhinho? 
- Ezequiel... eu não tenho bikini.
- Onde é que está o problema? - ele aproximou-se de mim, deixou a minha mala em cima de uma das espreguiçadeiras e começou a retirar-me os brincos e o colar.
- Qual é a tua ideia? - perguntei-lhe já meia zonza... ele começou a beijar-me o pescoço e, para responder à minha pergunta dirigiu-se ao meu ouvido. 
- Hás-de ter roupa interior por debaixo dessa... e mesmo que não tenhas...
- E tu também? 
- Hum-hum - por entre beijos à medida que cada peça de roupa ia saindo do nosso corpo, acabamos por ficar em roupa interior. O Ezequiel pegou-me ao colo, eu enrolei as minhas pernas à sua cintura e ele levou-nos para dentro da piscina. À medida que a água me ia tocando os beijos começaram a intensificar-se e acabamos mesmo por nos satisfazer um ao outro ali mesmo. O Ezequiel sempre foi quem eu pensei que ele era... um engatatão, mas a prática que ele teve com isso só me era benéfica... e, com a noite de ontem e o dia de hoje, sabia perfeitamente que ele se lembra de todos os pormenores em relação a mim e ao que me deixa completamente louca. 

6 comentários:

  1. Ui!
    Que capítulo!
    Amei e já sabes que quero mais!
    :)
    Beijinhos

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  2. Amei! <3
    Amo a tua fic...
    Quero ler mais, muito em breve!
    Sigo :)

    Beijinhos :*

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  3. Olá
    Tenho de começar ao pedir desculpa por não ter comentado nos últimos capítulos,tenho lido mas torna-se um pouco dificil deixar a minha opinião!
    Mas mesmo assim é sempre a mesma:ADOREI!
    Porque gosto mesmo da maneira como escreves,e fico sempre curiosa pelo próximo,sendo que quero o 14 depressa ;)
    Beijinhos
    Rita

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  4. fabuloso...

    quero mais... tou super curiosa para ver o proximo...

    continua...

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  5. =O UMA EQUIPA DE FUTEBOL?! ENA, PÁH!
    A D. Rosa é altamente xD

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