- Ela já sabe, certo? - perguntou o Gonzalo.
- Sabe - o Ezequiel bufou e levantou-se. A Tamara finalmente parou quando chegou perto dele.
- Buenas noches.
- Que háces aqui?
- Desculpa se te vim estragar a noite, mas soube do que se passou.
- Como soubeste?
- Jornais.
O que?! Como é que está história toda tinha ido parar aos jornais? Ainda por cima em Espanha. Uma vez que o Gonzalo era de lá resolvi tirar a minha dúvida.
- Tu sabias da história antes de cá chegares?
- Não... eu fiquei a saber de manha, quando falamos no parque.
- Então como é que ela sabe?
- Não faço ideia.
O Gonzalo começou a pesquisar no telemóvel e eu voltei a dar atenção à conversa.
- Porque vieste?
- Lá porque acabas-te comigo e já estás com ela - olhou para mim, voltando logo em seguida a dirigir-se ao Ezequiel - continuo a preocupar-me contigo.
- Porque não vão falar para outro sitio? - sugeri... não era algo que me apetecesse, mas já estava o restaurante todo a olhar para nós e escusava-se de dar nas vistas.
- A tua namoradinha até tem alguns neurónios.
- Caso me lembre não lhe faltei ao respeito.
- Desculpa!? Essa é para mim?
- Eu não quero armar um escândalo aqui, porque não é essa a minha intenção.
Virei-me de novo para a frente e olhei para o Gonzalo.
- Não há notícias em lado nenhum do assalto à casa do Ezequiel.
- Então como é que ela sabe?
- Eu não faço ideia - mantivemo-nos atentos ao comportamento dos dois, que já estavam numa outra parte do restaurante.
Passado um bom bocado a Tamara começou a encaminhar-se de novo para o sitio onde estávamos.
- Continuação de um bom jantar - disse com um sorriso algo para o irritante na cara e saiu do restaurante. O Ezequiel voltou para junto de nós e sentou-se de novo ao meu lado.
- Como é que a notícia já está toda em Madrid?
- Não está Eze... - respondeu-lhe o Gonzalo.
- Como não está? A Tamara sabe de quase tudo.
- Pois, mas o Gonzalo andou a ver e não há nada sobre isto na internet.
- É impossível... ela sabe de tudo! Tem de haver algo... só se foi ela que fez isto tudo.
Confesso que aquele pensamento já me tinha passado pela cabeça, mas o assaltante estava morto... como é que ela sabia?
- Isso é quase impossível - comentei.
- Não é assim tão impossível - começou o Gonzalo - poderiam ser mais que um... e ela saber.
- Mesmo assim! Eu penso que ela não iria fazer nada disso... - acreditava no que dizia... se ela o amou/ama não deveria ser capaz de tamanha loucura.
- Podemos esquecer o que aconteceu? Eu não quero saber se ela sabe, como sabe ou o que fez... eu só quero esquecer o que se passou e aproveitar esta noite com vocês os dois.
- Não vais insistir com ela?
- Não... quero-a longe daqui. Longe da minha vida.
- Como queiras, mano.
Continuamos a jantar dentro dos possíveis, mas à medida que o tempo e a garrafa do vinho iam avançando os ânimos iam ficando muito mais alegres e amistosos.
Acabado o jantar, já um pouco para o tarde, voltamos de novo para casa do Ezequiel.
Estávamos a entrar quando o Gonzalo falou:
- Mano, eu tenho de ir. Tenho avião daqui a nada.
- Já? Porque não ficas para amanhã?
- Não dá, tenho treino logo de manhã.
- Oh... vai então. Para a próxima vamos nós lá a Madrid.
- Lá vos espero... - o Gonzalo dirigiu-se a mim e deu-me dois beijinhos - foi um prazer conhecer-te. Trata bem do mano.
- Vou tratar dele melhor do que me trato a mim mesma.
- A tua miúda...
- Ei! Vê lá o que é que sai dessa grande boca - avisou o Ezequiel.
- Só ia dizer que ela é uma querida.
- Ias, ias...
- Já não acreditas em mim?
- Acredito, mas quando estás 100% sóbrio.
- Que exagerado! Bem, mas tenho de ir.
- Queres que te vá deixar ao aeroporto?
- Não. Eu vou de táxi.
- Então vamos falando - o Ezequiel abraçou-o - foi bom ter-te cá hoje mano.
- Eu também te amo, meu douradinho - desmanchei-me a rir, assim como eles os dois.
O Gonzalo acabou por se começar a afastar de casa e nós entramos.
Começamos a ir para a sala, mas o Ezequiel começou a ressentir-se e ficou tenso.
- Queres ir antes para o teu quarto? - perguntei-lhe.
- Não te importas?
- Claro que não.
- Então vamos.
Fomos até ao quarto dele e acabamos por nos esticar em cima da cama.
- Desculpa a cena da Tamara...
- Tu não tens de pedir desculpa. Ela conhece-te, tu conhece-la e têm um passado que eu não posso apagar... simplesmente o posso tornar ainda mais passado.
- Agrada-me essa ideia - ele beijou-me os lábios. Era um beijo ternurento e carregado de amor, todo o nosso amor - mas para tornares o passado ainda mais passado, não precisas de fazer muito mais. O teu perdão bastou.
- Eu não quero que isto te afecte, mas acho que o teu estado de choque te deixou ainda mais perfeito.
- Não me afectas... estás a dizer algo que eu já pensei.
- Grande convencido ao achares-te perfeito.
- Não é isso tonta - ele sorriu e retomou o raciocínio - aquela noite fez-me dar ainda mais valor às pessoas que amo e com quem quero estar.
- Estamos de acordo - ele voltou a juntar os nossos lábios e prolongamo-lo um pouco mais do que o anterior.
- Já tens alguma ideia para o destino da nossa viagem? - perguntou-me ele animado.
- Ainda não tinha pensado muito nisso, mas podemos pensar em algo juntos.
- Vou buscar o tablet - ele levantou-se, indo até à cómoda e vindo de lá com o tablet nas mãos.
As nossas opiniões divergiam um bocadinho. O Ezequiel queria algo com campo e ar puro, eu queria mar, areia e sol. Depois de quase uma hora a "discutirmos" conseguimos chegar a um consenso e achar o lugar perfeito. De certo que seria a melhor viagem da minha vida. Com o homem que amo, num sitio lindo e sozinhos. Só eu e ele, sem ninguém para nos "chatear" e com a possibilidade de estarmos a beijarmo-nos sem pensar que está alguém ao pé.
Acabado o jantar, já um pouco para o tarde, voltamos de novo para casa do Ezequiel.
Estávamos a entrar quando o Gonzalo falou:
- Mano, eu tenho de ir. Tenho avião daqui a nada.
- Já? Porque não ficas para amanhã?
- Não dá, tenho treino logo de manhã.
- Oh... vai então. Para a próxima vamos nós lá a Madrid.
- Lá vos espero... - o Gonzalo dirigiu-se a mim e deu-me dois beijinhos - foi um prazer conhecer-te. Trata bem do mano.
- Vou tratar dele melhor do que me trato a mim mesma.
- A tua miúda...
- Ei! Vê lá o que é que sai dessa grande boca - avisou o Ezequiel.
- Só ia dizer que ela é uma querida.
- Ias, ias...
- Já não acreditas em mim?
- Acredito, mas quando estás 100% sóbrio.
- Que exagerado! Bem, mas tenho de ir.
- Queres que te vá deixar ao aeroporto?
- Não. Eu vou de táxi.
- Então vamos falando - o Ezequiel abraçou-o - foi bom ter-te cá hoje mano.
- Eu também te amo, meu douradinho - desmanchei-me a rir, assim como eles os dois.
O Gonzalo acabou por se começar a afastar de casa e nós entramos.
Começamos a ir para a sala, mas o Ezequiel começou a ressentir-se e ficou tenso.
- Queres ir antes para o teu quarto? - perguntei-lhe.
- Não te importas?
- Claro que não.
- Então vamos.
Fomos até ao quarto dele e acabamos por nos esticar em cima da cama.
- Desculpa a cena da Tamara...
- Tu não tens de pedir desculpa. Ela conhece-te, tu conhece-la e têm um passado que eu não posso apagar... simplesmente o posso tornar ainda mais passado.
- Agrada-me essa ideia - ele beijou-me os lábios. Era um beijo ternurento e carregado de amor, todo o nosso amor - mas para tornares o passado ainda mais passado, não precisas de fazer muito mais. O teu perdão bastou.
- Eu não quero que isto te afecte, mas acho que o teu estado de choque te deixou ainda mais perfeito.
- Não me afectas... estás a dizer algo que eu já pensei.
- Grande convencido ao achares-te perfeito.
- Não é isso tonta - ele sorriu e retomou o raciocínio - aquela noite fez-me dar ainda mais valor às pessoas que amo e com quem quero estar.
- Estamos de acordo - ele voltou a juntar os nossos lábios e prolongamo-lo um pouco mais do que o anterior.
- Já tens alguma ideia para o destino da nossa viagem? - perguntou-me ele animado.
- Ainda não tinha pensado muito nisso, mas podemos pensar em algo juntos.
- Vou buscar o tablet - ele levantou-se, indo até à cómoda e vindo de lá com o tablet nas mãos.
As nossas opiniões divergiam um bocadinho. O Ezequiel queria algo com campo e ar puro, eu queria mar, areia e sol. Depois de quase uma hora a "discutirmos" conseguimos chegar a um consenso e achar o lugar perfeito. De certo que seria a melhor viagem da minha vida. Com o homem que amo, num sitio lindo e sozinhos. Só eu e ele, sem ninguém para nos "chatear" e com a possibilidade de estarmos a beijarmo-nos sem pensar que está alguém ao pé.
Não gostei nada deste regresso da Tamara... cá para mim isto ainda vai dar confusão :s
ResponderEliminarBjs
Mari
eheh, acertei (:
ResponderEliminarmas afinal ela tem alguma coisa a ver com a historia do assalto? ((:
quero mais *o*
beijinhos, Débora *
parece-me que a tamara encomendou o assalto
ResponderEliminarOlá!
ResponderEliminarBingo! Acertei! Mas não quero acreditar que ela tenha feito tal atrocidade! Esperemos é que não volte a aparecer porque não faz falta nenhuma. O que faz falta é mesmo essa viagem e mais momento do género "tambem te amo, meu douradinho" ahahahahah nao imaginas o quanto ri!
Espero o proximo!
Besito
Ana
Adorei!!
ResponderEliminarContinua que eu quero saber o desenrolar dessa história da Tamara saber o que sabe sem Espanha saber...
Beijinhos
Caraças para esta tâmara mal cheirosa!
ResponderEliminarO que raio é que a gaja sabe? Porque é que sabe? E como sabe?
Não gosto dela UNF mas tenho de admitir k a entrada dela traz muita vida à história!
Keep going =P