(Rosa)
Depois de
falar com o Ezequiel, a Ana ficou a conversar com a Romanela.
Não é nada
fácil ver a minha filha no estado em que ultimamente tem andado. Esta separação
temporária com o Ezequiel não lhe tem feito bem e se há algo que me preocupa
neste momento, em que ela mais necessita de estabilidade, é que eles não se
consigam entender.
Depois de ter
falado com ele, a Ana parecia mais tranquila e com outro semblante, mas mesmo
assim o meu coração desejava que nada do que ela tinha passado voltasse a
acontecer.
Depois de
jantar-mos a Ana foi logo deitar-se. Estava cansada e acabou por adormecer em
cima da cama enquanto falava com ela. Não a acordei para trocar de roupa…deixei-a
simplesmente dormir.
Voltei aos
meus afazeres e tentem fazer pouco barulho para ela não acordar, nem o Lucky
ladrar.
Eram cerca das
22:05h quando tocam à campainha. O ainda ladrou, mas abri a porta o mais
depressa que consegui, para ele não acordar a Ana. Era o Ezequiel.
- Rosa…buenas
noches.
- Boa noite Ezequiel. Entra… - dei-lhe
passagem para que entrasse e fechei a porta. Ele estava com um ar super
cansado, vinha com o fato de treino do Benfica e com um sorriso nos lábios.
- A Ana?
- Ela adormeceu…está lá dentro.
- Posso ir ter com ela? Eu não a acordo.
- Podes…mas podemos ter uma conversa primeiro?
- Claro.
- Senta – acompanhei-o
até ao sofá e ficamos sentados lado a lado a olhar um para o outro – a minha filha é a pessoa mais importante
que eu tenho neste mundo, e vê-la sofrer como sofreu nestes dias foi a pior
sensação da minha vida.
- Desculpe Rosa, eu deveria ter agido de outra
maneira…
- As tuas desculpas têm de se reflectir em actos
Ezequiel. A Ana está a precisar de ti. Ela sentiu-se sozinha e um inicio de
gravidez como o dela pode não ser positivo para o bebé. Tu tens de me prometer
que vais ser o pai do bebé que ela precisa. Vocês podem desentender-se mas
promete-me que estarás sempre presente nos momentos mais difíceis e nos mais
especiais para a Ana e para o meu neto.
- Eu prometo Rosa. Se há coisa que mais quero neste
momento é estar com eles e poder acompanhar todos os momentos da Ana e do…meu
filho.
- Tenta não os acordar…ela precisa mesmo de dormir.
E cuidado com o Lucky.
- Ele está com eles?
- Sim. Ele ainda esteve pouco tempo com a Ana, mas
ele adora-a.
- Então…com licença.
- Vai, vai.
O Ezequiel
levantou-se e foi até ao quarto da Ana. Ainda esperei ouvir algum ladrar do
cão, mas ou não se tinha apercebido da entrada dele no quarto, ou então sabia
perfeitamente que era.
(Ezequiel)
As palavras da
mãe da Ana ficaram na minha cabeça e ficarão para sempre. Ela ama a Ana, como
eu a amo, só quer o bem dela, como eu quero, mas é mãe…é a mãe da minha
princesa, é a mãe da mulher que amo…da mãe do meu filho.
Fui até ao
quarto da Ana e, assim que entrei, o Lucky fez um pequeno rosnar e veio até à
porta. Baixei-me até ele e comecei a fazer-lhe festas. Ele não ladrou e foi de
novo para a sua alcofa que estava ao lado da cama da Ana.
Ela estava
deitada…virada para o lado da alcofa do Lucky. Tinha o telemóvel numa das mãos
e a outra estava na sua barriga. Tinha saudades de vê-la…da sua pele, do seu
sorriso, da maneira como ela era capaz de me preencher. Aproximei-me da beira
da cama, ficando de joelhos junto dela.
Passei
suavemente a minha mão pelos seus cabelos, pelo seu pescoço e acabei por levar
a minha mão à barriga dela. Não a coloquei por cima da dela, pousei-a mais em
baixo…e comecei a falar:
- Príncipe…como sabes…eu fui um parvo com a nossa
rainha. E contigo também. O pai não sabe deixar de ser teimoso, nem de ser
casmurro e vocês não mereciam que eu fosse assim. Mas…eu prometi uma coisa à
avó Rosa…e como quero estar sempre com vocês…eu vou estar nos momentos que tu e
a mamã precisarem. Vou tentar construir o nosso castelo cá fora para quando tu
vieres para os meus braços sejamos mais forte que nunca e que sejamos para
sempre os príncipes da rainha que é a tua mãe.
Fiquei
surpreendido comigo mesmo…era verdade que sentia exactamente o que estava a
dizer, mas dizê-lo assim fazia com que fosse realidade, espontâneo e sincero.
A Ana
mexeu-se, mas continuava a dormir. Quase que deixava cair o telemóvel, mas teve
sorte. Mantinha a sua mão sobre a barriga, muito próxima da minha.
- Tens de deixar a mamã dormir. Sim? Eu vou estar
aqui quando ela acordar…só me vou embora depois de vos dar o abraço que a mãe
pediu…quer dizer, não vou logo embora. Só amanha à hora de almoço. Até lá estou
aqui com vocês, meus amores – a mão da Ana
pousou-se em cima da minha. Olhei de imediato para ela…que tinha os olhos
abertos e sorria-me.
- Parece que acordas-te a mãe, minimeu.
(Ana)
Quando tocaram
à campainha e o Lucky ladrou acabei por acordar, mas mantive-me ali sossegada e
voltei a tentar adormecer. Tarefa essa que foi em vão…primeiro porque o Lucky
sabia que estava acordada e queria meter-se na minha cama, segundo porque
fiquei a admirar a minha barriga…que sinais de gravidez não tinha nenhum, mas
tinha o meu filho lá dentro, terceiro, ouvi a voz do Ezequiel. Estaria a
sonhar? Era bem possível, mas ao mesmo tempo acreditava que era realidade
porque ele disse que ainda podia vir esta noite.
Peguei no
telemóvel para ver se ele me tinha tentado contactar, mas nada…e nisto comecei
a ouvir passos e fingi que estava a dormir. Percebi que o Lucky se desfez com
as festas do Ezequiel e que voltou para a sua alcofa quando o Ezequiel também
se aproximou da minha cama.
Senti a mão
dele sobre a minha barriga e foi a melhor sensação do mundo…senti uma vontade
enorme de a agarrar, mas foi então que ele começou a falar com a minha barriga.
As palavras que lhe iam saindo pela boca eram tão…genuínas e puras…vinham-lhe
directamente do coração e eu pude sentir isso. Senti-o porque o conheço…conheço-o
e sei que também ele sofreu com esta turbulência.
Não resisti em
colocar a minha mão sobre a dele e mostrar-lhe que estava acordada.
- Parece que acordas-te a mãe, minimeu.
- Não comeces a por as culpas no teu filho pelas
coisas que fazes… - afinal…tinha sido por causa dele
que tinha acordado. Ele manteve-se de joelhos mas aproximou-se da minha face.
- Desculpa – ele olhava-me
e os seus olhos estavam brilhantes…ele estava cansado, mas estava com um brilho
nos olhos que eu nunca tinha visto, e com um sorriso que me deixava com o
coração a mil – eu sou teimoso…sou
casmurro, mas quero muito estar com vocês, ver o nosso minimeu crescer dentro
da tua barriga, quero vê-lo nascer perfeito e a sair à mãe. Quero construir…contigo,
o nosso reino.
- Eu também quero tudo isso…quero-te só comigo e com
o nosso bebé – o sorriso dele tornou-se ainda
mais perfeito. Ele foi-se aproximando lentamente de mim. Eu aproximei-me também
dele e os nossos lábios, juntos, envolveram-se num beijo perfeito, calmo e
tranquilo.
- Te quiero mi mamacita
perfecta.
- Y yo te quiero mas mi hombre
– voltamo-nos
a beijar, o Ezequiel acabou por se deitar a meu lado, eu virei-me para o outro
lado, formando com ele uma conchinha. As nossas mãos permaneciam entrelaçadas
uma com a outra e estavam sobre o meu ventre.
- Foste para o hospital…mas está tudo bem com o bebé
não está?
- Sim…foi apenas do stress e a tensão baixou – ele
afastou os meus cabelos do pescoço, beijou-o e ficou com o seu nariz encostado
a ele.
- Desculpa princesa.
- Vamos esquecer isto…e tens de cumprir a promessa
da D. Rosa…seja ela qual for.
- Vou mesmo.
- Não me queres contar o que é que ela te pediu?
- Não. É uma coisa entre mim, ela e o nosso filho.
- E eu não tenho direito a saber…tá bem.
- Vais saber…com o tempo.
- Como queiras.
- Como foi em Madrid? Tirando a parte que vamos
esquecer.
- É complicado de dizer algo sobre Madrid sem
incluir essa parte…mas…posso dizer que, neste preciso momento, sou a pessoa
mais feliz do mundo.
- Nã nã…essa sou eu.
- Impossível.
- Não é não. Tenho as duas pessoas que me fazem
feliz nos braços…achas impossível?
- Sinceramente…acho.
- Dá-me uma boa justificação para isso.
- Tenho dois pais a 100%...
- Como assim?
- O meu pai tem estado mais próximo de mim e da
minha mãe, vai abrir uma sucursal cá em Lisboa e quer mesmo que as coisas
resultem.
- A serio? Que bom, princesa.
- É mesmo… mas como eu estava a dizer e para te
provar que sou a pessoa mais feliz do mundo. Tenho o meu pai, tenho-te a ti, ao
nosso filho que é a coisa que eu mais quero e desejo que cresça…tenho ou não
tenho razões para ser a pessoa mais feliz do mundo?
- Tens pois…mas somos os dois. Somos nós.
- Somos nós.
- E que tal se dormisses? Dormíssemos? Os três.
- Sim…vais ficar…
- Fico até ao meio dia de amanha.
Apertei as
nossas mãos, aconcheguei-me mais a ele e fechei os olhos numa de tentar
adormecer. Ao inicio o Ezequiel estava continuava a falar com o bebé, baixinho,
e a dar-me beijinhos, mas quando ele adormeceu, eu acabei também por adormecer.
Olá!
ResponderEliminarIsto foi demais para o meu coraçaozito! Que fofinho foi o Ezequiel *o* Oh ah derreti-me por completo! Tenho a certeza que vão ser uns excelentes papás!
Espero o proximo!!
Besito
Ana
Oh!! Que ternura! Minimeu!
ResponderEliminarhe he he
Amei!
Próximo?
Beijinhos
opah! já não bastava o meu capitulo q eu acabei de escrever e me fartei de chorar... agora foi este
ResponderEliminarFofura, ternura e romantismo bem marcadinhos neste capítulo *.*
ResponderEliminarGostei muito =D
Keep going on! And... FAST! Tou desejosa pelo próximo kap.!
Jinhs <3
OHHHHH tão fofinho... e pronto confesso que desta vez a lagrima venceu-me... o que escreveste tocou-me de uma forma especial afinal vivi uma situação parecida LOOL sabes... o Ruben também ama falar para os nossos dois piolhos :P e fá-lo desde que soube que vai ser pai :D
ResponderEliminarQuero o próximo beijocas
Mari
Amei <3
ResponderEliminarMais, por favor...
Beijinhos :*
fabuloso...
ResponderEliminarquero mais... tou super curiosa para ver o proximo...
continua...
Olá :D
ResponderEliminarAi, AMEI tudinho *.*
Fiquei super feliz por a Ana e o Ezequiel voltarem a ficar juntinhos e agora mais que nunca ela precisa dele, ela e o bebé. Mal posso esperar para que venha o bebé e o Ezequiel vai ser um pai babado e tratar bem da sua rainha Ana e do principe ou princesita que vier.
Achei tão fofa a conversa do Ezequiel com o pequenito que está na barrriguita *.*
Quero mais e rapidinho, sff.
Cada vez mais gosto desta fic, espero que continues e que nunca desistas dela!
Beijinhos
Beatriz
Não está nos meus planos desistir dela...poderei ter espaços de tempo em que publicarei menos, mas a intenção é ultrapassar os 100 capitulo! Tenho imensas ideias para por ainda em prática :p
EliminarMas obrigada por estares a gostar <3 Por estarem todas <3