segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

27º Capitulo: Somo nós - Parte II


(Rosa)
Depois de falar com o Ezequiel, a Ana ficou a conversar com a Romanela.
Não é nada fácil ver a minha filha no estado em que ultimamente tem andado. Esta separação temporária com o Ezequiel não lhe tem feito bem e se há algo que me preocupa neste momento, em que ela mais necessita de estabilidade, é que eles não se consigam entender.
Depois de ter falado com ele, a Ana parecia mais tranquila e com outro semblante, mas mesmo assim o meu coração desejava que nada do que ela tinha passado voltasse a acontecer.
Depois de jantar-mos a Ana foi logo deitar-se. Estava cansada e acabou por adormecer em cima da cama enquanto falava com ela. Não a acordei para trocar de roupa…deixei-a simplesmente dormir.
Voltei aos meus afazeres e tentem fazer pouco barulho para ela não acordar, nem o Lucky ladrar.
Eram cerca das 22:05h quando tocam à campainha. O ainda ladrou, mas abri a porta o mais depressa que consegui, para ele não acordar a Ana. Era o Ezequiel.
- Rosa…buenas noches.
- Boa noite Ezequiel. Entra… - dei-lhe passagem para que entrasse e fechei a porta. Ele estava com um ar super cansado, vinha com o fato de treino do Benfica e com um sorriso nos lábios.
- A Ana?
- Ela adormeceu…está lá dentro.
- Posso ir ter com ela? Eu não a acordo.
- Podes…mas podemos ter uma conversa primeiro?
- Claro.
- Senta – acompanhei-o até ao sofá e ficamos sentados lado a lado a olhar um para o outro – a minha filha é a pessoa mais importante que eu tenho neste mundo, e vê-la sofrer como sofreu nestes dias foi a pior sensação da minha vida.
- Desculpe Rosa, eu deveria ter agido de outra maneira…
- As tuas desculpas têm de se reflectir em actos Ezequiel. A Ana está a precisar de ti. Ela sentiu-se sozinha e um inicio de gravidez como o dela pode não ser positivo para o bebé. Tu tens de me prometer que vais ser o pai do bebé que ela precisa. Vocês podem desentender-se mas promete-me que estarás sempre presente nos momentos mais difíceis e nos mais especiais para a Ana e para o meu neto.
- Eu prometo Rosa. Se há coisa que mais quero neste momento é estar com eles e poder acompanhar todos os momentos da Ana e do…meu filho.
- Tenta não os acordar…ela precisa mesmo de dormir. E cuidado com o Lucky.
- Ele está com eles?
- Sim. Ele ainda esteve pouco tempo com a Ana, mas ele adora-a.
- Então…com licença.
- Vai, vai.
O Ezequiel levantou-se e foi até ao quarto da Ana. Ainda esperei ouvir algum ladrar do cão, mas ou não se tinha apercebido da entrada dele no quarto, ou então sabia perfeitamente que era.

(Ezequiel)
As palavras da mãe da Ana ficaram na minha cabeça e ficarão para sempre. Ela ama a Ana, como eu a amo, só quer o bem dela, como eu quero, mas é mãe…é a mãe da minha princesa, é a mãe da mulher que amo…da mãe do meu filho.
Fui até ao quarto da Ana e, assim que entrei, o Lucky fez um pequeno rosnar e veio até à porta. Baixei-me até ele e comecei a fazer-lhe festas. Ele não ladrou e foi de novo para a sua alcofa que estava ao lado da cama da Ana.
Ela estava deitada…virada para o lado da alcofa do Lucky. Tinha o telemóvel numa das mãos e a outra estava na sua barriga. Tinha saudades de vê-la…da sua pele, do seu sorriso, da maneira como ela era capaz de me preencher. Aproximei-me da beira da cama, ficando de joelhos junto dela.
Passei suavemente a minha mão pelos seus cabelos, pelo seu pescoço e acabei por levar a minha mão à barriga dela. Não a coloquei por cima da dela, pousei-a mais em baixo…e comecei a falar:
- Príncipe…como sabes…eu fui um parvo com a nossa rainha. E contigo também. O pai não sabe deixar de ser teimoso, nem de ser casmurro e vocês não mereciam que eu fosse assim. Mas…eu prometi uma coisa à avó Rosa…e como quero estar sempre com vocês…eu vou estar nos momentos que tu e a mamã precisarem. Vou tentar construir o nosso castelo cá fora para quando tu vieres para os meus braços sejamos mais forte que nunca e que sejamos para sempre os príncipes da rainha que é a tua mãe.
Fiquei surpreendido comigo mesmo…era verdade que sentia exactamente o que estava a dizer, mas dizê-lo assim fazia com que fosse realidade, espontâneo e sincero.
A Ana mexeu-se, mas continuava a dormir. Quase que deixava cair o telemóvel, mas teve sorte. Mantinha a sua mão sobre a barriga, muito próxima da minha.
- Tens de deixar a mamã dormir. Sim? Eu vou estar aqui quando ela acordar…só me vou embora depois de vos dar o abraço que a mãe pediu…quer dizer, não vou logo embora. Só amanha à hora de almoço. Até lá estou aqui com vocês, meus amores – a mão da Ana pousou-se em cima da minha. Olhei de imediato para ela…que tinha os olhos abertos e sorria-me.
- Parece que acordas-te a mãe, minimeu.

(Ana)
Quando tocaram à campainha e o Lucky ladrou acabei por acordar, mas mantive-me ali sossegada e voltei a tentar adormecer. Tarefa essa que foi em vão…primeiro porque o Lucky sabia que estava acordada e queria meter-se na minha cama, segundo porque fiquei a admirar a minha barriga…que sinais de gravidez não tinha nenhum, mas tinha o meu filho lá dentro, terceiro, ouvi a voz do Ezequiel. Estaria a sonhar? Era bem possível, mas ao mesmo tempo acreditava que era realidade porque ele disse que ainda podia vir esta noite.
Peguei no telemóvel para ver se ele me tinha tentado contactar, mas nada…e nisto comecei a ouvir passos e fingi que estava a dormir. Percebi que o Lucky se desfez com as festas do Ezequiel e que voltou para a sua alcofa quando o Ezequiel também se aproximou da minha cama.
Senti a mão dele sobre a minha barriga e foi a melhor sensação do mundo…senti uma vontade enorme de a agarrar, mas foi então que ele começou a falar com a minha barriga. As palavras que lhe iam saindo pela boca eram tão…genuínas e puras…vinham-lhe directamente do coração e eu pude sentir isso. Senti-o porque o conheço…conheço-o e sei que também ele sofreu com esta turbulência.
Não resisti em colocar a minha mão sobre a dele e mostrar-lhe que estava acordada.
- Parece que acordas-te a mãe, minimeu.
- Não comeces a por as culpas no teu filho pelas coisas que fazes… - afinal…tinha sido por causa dele que tinha acordado. Ele manteve-se de joelhos mas aproximou-se da minha face.
- Desculpa – ele olhava-me e os seus olhos estavam brilhantes…ele estava cansado, mas estava com um brilho nos olhos que eu nunca tinha visto, e com um sorriso que me deixava com o coração a mil – eu sou teimoso…sou casmurro, mas quero muito estar com vocês, ver o nosso minimeu crescer dentro da tua barriga, quero vê-lo nascer perfeito e a sair à mãe. Quero construir…contigo, o nosso reino.
- Eu também quero tudo isso…quero-te só comigo e com o nosso bebé – o sorriso dele tornou-se ainda mais perfeito. Ele foi-se aproximando lentamente de mim. Eu aproximei-me também dele e os nossos lábios, juntos, envolveram-se num beijo perfeito, calmo e tranquilo.
- Te quiero mi mamacita perfecta.
- Y yo te quiero mas mi hombre voltamo-nos a beijar, o Ezequiel acabou por se deitar a meu lado, eu virei-me para o outro lado, formando com ele uma conchinha. As nossas mãos permaneciam entrelaçadas uma com a outra e estavam sobre o meu ventre.
- Foste para o hospital…mas está tudo bem com o bebé não está?
- Sim…foi apenas do stress e a tensão baixou – ele afastou os meus cabelos do pescoço, beijou-o e ficou com o seu nariz encostado a ele.
- Desculpa princesa.
- Vamos esquecer isto…e tens de cumprir a promessa da D. Rosa…seja ela qual for.
- Vou mesmo.
- Não me queres contar o que é que ela te pediu?
- Não. É uma coisa entre mim, ela e o nosso filho.
- E eu não tenho direito a saber…tá bem.
- Vais saber…com o tempo.
- Como queiras.
- Como foi em Madrid? Tirando a parte que vamos esquecer.
- É complicado de dizer algo sobre Madrid sem incluir essa parte…mas…posso dizer que, neste preciso momento, sou a pessoa mais feliz do mundo.
- Nã nã…essa sou eu.
- Impossível.
- Não é não. Tenho as duas pessoas que me fazem feliz nos braços…achas impossível?
- Sinceramente…acho.
- Dá-me uma boa justificação para isso.
- Tenho dois pais a 100%...
- Como assim?
- O meu pai tem estado mais próximo de mim e da minha mãe, vai abrir uma sucursal cá em Lisboa e quer mesmo que as coisas resultem.
- A serio? Que bom, princesa.
- É mesmo… mas como eu estava a dizer e para te provar que sou a pessoa mais feliz do mundo. Tenho o meu pai, tenho-te a ti, ao nosso filho que é a coisa que eu mais quero e desejo que cresça…tenho ou não tenho razões para ser a pessoa mais feliz do mundo?
- Tens pois…mas somos os dois. Somos nós.
- Somos nós.
- E que tal se dormisses? Dormíssemos? Os três.
- Sim…vais ficar…
- Fico até ao meio dia de amanha.
Apertei as nossas mãos, aconcheguei-me mais a ele e fechei os olhos numa de tentar adormecer. Ao inicio o Ezequiel estava continuava a falar com o bebé, baixinho, e a dar-me beijinhos, mas quando ele adormeceu, eu acabei também por adormecer. 

9 comentários:

  1. Olá!
    Isto foi demais para o meu coraçaozito! Que fofinho foi o Ezequiel *o* Oh ah derreti-me por completo! Tenho a certeza que vão ser uns excelentes papás!
    Espero o proximo!!

    Besito
    Ana

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  2. Oh!! Que ternura! Minimeu!
    he he he
    Amei!
    Próximo?
    Beijinhos

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  3. opah! já não bastava o meu capitulo q eu acabei de escrever e me fartei de chorar... agora foi este

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  4. Fofura, ternura e romantismo bem marcadinhos neste capítulo *.*
    Gostei muito =D
    Keep going on! And... FAST! Tou desejosa pelo próximo kap.!
    Jinhs <3

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  5. OHHHHH tão fofinho... e pronto confesso que desta vez a lagrima venceu-me... o que escreveste tocou-me de uma forma especial afinal vivi uma situação parecida LOOL sabes... o Ruben também ama falar para os nossos dois piolhos :P e fá-lo desde que soube que vai ser pai :D

    Quero o próximo beijocas

    Mari

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  6. fabuloso...

    quero mais... tou super curiosa para ver o proximo...

    continua...

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  7. Olá :D

    Ai, AMEI tudinho *.*

    Fiquei super feliz por a Ana e o Ezequiel voltarem a ficar juntinhos e agora mais que nunca ela precisa dele, ela e o bebé. Mal posso esperar para que venha o bebé e o Ezequiel vai ser um pai babado e tratar bem da sua rainha Ana e do principe ou princesita que vier.
    Achei tão fofa a conversa do Ezequiel com o pequenito que está na barrriguita *.*

    Quero mais e rapidinho, sff.

    Cada vez mais gosto desta fic, espero que continues e que nunca desistas dela!

    Beijinhos
    Beatriz

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    Respostas
    1. Não está nos meus planos desistir dela...poderei ter espaços de tempo em que publicarei menos, mas a intenção é ultrapassar os 100 capitulo! Tenho imensas ideias para por ainda em prática :p
      Mas obrigada por estares a gostar <3 Por estarem todas <3

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